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sábado, 10 de janeiro de 2015

Resenha do Livro: PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITÁRIA: DA SOLIDARIEDADE À AUTONOMIA

CAMPOS, Regina Helena de Freitas (org.). Psicologia social comunitária: Da solidariedade a autonomia. 18. Ed. Petrópolis: Vozes, 2013.


Regina Helena de Freitas Campos é autora organizadora do Livro Psicologia social comunitária: Da solidariedade à autonomia, porém a obra foi construída a partir das reflexões do Grupo de Trabalho em psicologia social comunitária da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (Anpepp) e inspirados nas discussões do grupo, na qual foi constituído durante a realização do V Simpósio de Pesquisa e Intercâmbio da Anpepp.
Esta foi a primeira produção conjunta do grupo, que tem por finalidade promover a melhor delimitação do campo, e aperfeiçoar os instrumentos de análise e intervenção disponíveis e em elaboração. Além de possibilitar que a obra seja útil aos profissionais, estudantes e pesquisadores que compartilham as preocupações e buscam, em relações democráticas e solidárias nas comunidades em que atuam.
A psicologia comunitária começou a se desenvolver de acordo com Campos (1994), em meados de 1960, que foi quando iniciou-se alguns trabalhados voltados para as comunidades menos favorecidas. Esses trabalhos de certa forma, visava deselitizar a psicologia como profissão e ao mesmo tempo, buscar melhoria de vida àquelas populações que apresentavam problemáticas.
A partir do reconhecimento da necessidade de atenção à comunidade, os profissionais e educadores, assim como estudantes começaram a fazer vários encontros científicos para discussão de questões sociais que estavam ocorrendo nas comunidades. Esses encontros à medida que iam acontecendo só fortaleciam a proposta de se ter uma psicologia comunitária reconhecida cientificamente.
Daí surgiu a ABRAPSO, Associação Brasileira de Psicologia Social, que foi um marco muito importante na história da construção de uma psicologia social como ciência, na qual buscava ter um compromisso com a sociedade.
No entanto, a psicologia comunitária começou aos poucos ganhando seu lugar no espaço, possibilitando um grande salto no conhecimento teórico da ciência, pois sai daquele modelo elitista de que a psicologia só era associada com a burguesia, vista de forma distanciada da população/sociedade, ou seja, as pessoas com poder aquisitivo mais baixo não tinham oportunidade de fazer atendimento psicológico e passando a herdar uma característica mais social e envolvida neste contexto.
A psicologia comunitária é uma vertente da psicologia social, são bem próximas, o interessante é que a psicologia social é como se fosse a teoria e a psicologia comunitária fosse a prática, pois vai buscar intervir meio a comunidade e aos grupos nas condições sociais conflituosas que estes estejam vivenciando.
O psicólogo comunitário, passa também a ser visto como parte da equipe de saúde, por estar vinculado a ampliar e democratizar o fornecimento de serviços público, que é justamente de direito da comunidade. Sabendo que, no meio social surge muitos problemas e questões relacionados a saúde coletiva, entretanto espera-se que o psicólogo comunitário desempenhe o papel de mediador dentro dos movimentos que acontecem na comunidade, e com possíveis intervenções.     
Para Ornelas (1997) “o desenvolvimento comunitário é um processo que permite criar as condições para o progresso econômico e social através da participação dos cidadãos na sua comunidade”. O autor defende que as áreas temáticas mais abordadas pelos modelos comunitários são os procedimentos democráticos, a operação voluntária, a ajuda-mútua, a liderança e educação dos agentes locais. Contudo, a principal estratégia utilizada para obter mudança é a do envolvimento dos indivíduos na identificação e resolução dos seus próprios problemas, cabendo aos profissionais o papel de facilitadores na resolução, encorajando os indivíduos, dando ênfase aos objetivos comuns e favorecer o crescimento a nível das competências democráticas.

Os psicólogos comunitários construíram uma nova visão do psicólogo, cujo principal objectivo passou a ser o estudo, a compreensão, a conceptualização e a intervenção rigorosa nos processos, através dos quais, as comunidades pudessem melhorar o estado psicológico geral dos indivíduos que nela vivessem (ORNELAS, 1997, p. 377).

Com a psicologia humanística de autores como Rogers, Maslow e Perls, a psicologia comunitária partilha a ênfase que dá aos aspectos positivos do indivíduo e às suas potencialidades, trabalhando sobre estes e não sobre as disfunções e os distúrbios (FERNANDES, 2000, p. 227). 
Para concluir, o psicólogo comunitário vai ser aquele cujo sabe que existem momentos de constante sofrimento para um ser individual e coletivo, mas age como mediador, trabalhando esses aspectos problemáticos e atribuindo-lhes valores positivos, como por exemplo, conscientizar de que a partir de crises e conflitos pode-se aprender e obter experiências para enfrentar as dificuldades, tornando-se assim seres resilientes.
REFERÊNCIAS

ORNELAS, José. Psicologia Comunitária: Origens, fundamentos e áreas de intervenção. Análise Psicológica, v. I, n. 3, p. 375-388, 1997.

FERNANDES, Antónia Pratas. (Alguns) quadros teóricos da Psicologia Comunitária. Análise Psicológica, v. I, n. 2, p. 225-230, 2000.



Complexo de Édipo Segundo Freud e Klein

Para iniciar este texto, torna-se importante ressaltar que a expressão “Complexo de Édipo” nomeado por Freud, é uma conceito fundamental para a concepção da metapsicologia, na verdade, é o que fundamenta a teoria psicanalítica. Entretanto, além de Freud, a Psicanálise também teve outras contribuições importantes que ajudaram na construção do conceito Complexo de Édipo, no caso, a Melannie Klein, que apesar de mostrar diferenças teóricas em relação à Freud, desenvolveu ideias inovadoras para a psicanálise dedicando-se ao desenvolvimento das técnicas psicanalistas para o tratamento de crianças. A mesma logo percebeu que tudo o que Freud havia descrito para os adultos em suas teorias, também se aplicariam às crianças.
Para Freud, Complexo de Édipo baseia-se nos momentos vivenciados pela criança em que têm a mãe como parte de si, como objeto libidinal e principal de amor. Como característica deste evento, um exemplo, é o momento em que a criança deseja a mãe somente para si, sem aceitar compartilhamento ou algo parecido que corte seu vínculo com a mesma. Até que a criança descobre que a mãe não é um ser exclusivamente dela, porém têm seus desejos e necessidades que se distanciam das necessidades do filho até então, como o vínculo com o marido, suas buscas pessoais, de prazer e etc., a criança descobre que seus pais pertencem a uma dimensão social e cultural também.
Fazendo um paralelo entre as ideias de Freud e Klein no que diz respeito ao Complexo de Édipo, pôde-se entender que Freud caracterizou como sendo as fantasias e conflitos vivenciados pela criança no decorrer de seu desenvolvimento psicossexual, representados por desejos incestuosos da criança pelo responsável ou cuidador do sexo oposto e a rivalidade da mesma pelo responsável do mesmo sexo.
Como bem expressa Oliveira e Amaral (2009, apud BRITTON, 1994) o Complexo de Édipo descrito por Freud pos­sui três elementos essenciais, que independe do sexo da criança. O primeiro elemen­to diz da necessidade de um casal de pais que pode ser real ou simbólico. No segundo, tem-se o desejo de morte em relação ao ge­nitor do mesmo sexo. No terceiro e último elemento verifica-se a existência de um so­nho ou mito de realização do desejo de to­mar o lugar de um dos pais e casar-se com o outro.
Contudo, Freud relaciona a castração como um aspecto básico para o entendimento do complexo de édipo, que serve para ambos os sexos. Se tratando dos meninos, há a percepção de que a menina não possui o mesmo órgão sexual que ele, então passa a desenvolver um certo grau de medo de ser castrado, ou melhor, de ser punido pelo pai. “Isso põe fim ao complexo de édipo, fazendo surgir na criança o superego e dirigindo o menino à busca de outros objetos que não a mãe” (MARCHIOLLI, 2010, p. 30). Já nas meninas prevalecem ideias de que foi castrada, e não recebeu um órgão sexual igual ao do menino, então, começa a desenvolver sentimentos de inferioridade em relação ao menino, além de sentimentos de culpa que surgem após o complexo de édipo por atos errados cometidos em suas fantasias contra os pais.
Já Klein, “descreveu a situação edípica com foco nas fantasias primárias (OLIVEIRA; AMARAL, 2008, p. 3)”. Acreditava diferentemente de Freud, num complexo de Édipo precoce, que a partir dos dois anos de idade, quando as dúvidas a respeito de sexualidade surgem na criança e são supridas, é o momento que se inicia o desenvolvimento do complexo de Édipo.
Klein teorizou estágios iniciais da vida da criança, que primeiramente teria como uma posição esquizoparanóide na existência de fantasias inconscientes relacionadas com as vivências da criança, que possibilitam experimentar momentos de satisfação e insatisfação, representada pela existência de um seio bom e um seio mau. Neste caso, “há a prevalência de um ego imaturo, e estes mecanismos de divisão correspondem às primeiras defesas desse ego primitivo (OLIVEIRA; AMARAL, 2008, p. 3)”. Após isso, a criança começa perceber que o mesmo objeto que a traz satisfação é o mesmo que a traz insatisfação e está ligado ao seu objeto de amor: a mãe. Então, é ai que começaum conflito de am­bivalência de sentimentos, pois a mãe que a criança odeia e a quem direcionou seus impulsos destrutivos é a mesma a quem di­reciona amor, é quem teme perder (OLIVEIRA; AMARAL, 2008, p. 3)”. Isso faz com que a criança vivencie ansiedades e sentimentos de culpa em relação à mãe, e anseia concertar o mau que o fez pensar da mesma, Klein chamou isso de posição depressiva.
Por conta disso é que Klein defende a ideia da existência do superego na criança (que funciona da mesma forma proposta por Freud), porém deve ser considerado como uma estrutura construída durante toda a infância, que começa pela introjeção da mãe que lhe fornece a nutrição. Para a teoria Kleiniana, o desenvolvimento do superego começa durante a posição depressiva.
Diante dos conceitos de Complexo de Édipo apresentados na visão dos psicanalistas Sigmund Freud e Melannie Klein, é possível compreender a importância deste processo para a constituição do sujeito e da estrutura psíquica do indivíduo, é claro que, toda essa estruturação da subjetividade só se dará a partir do êxito deste processo, ou melhor, da dissolução do Complexo de Édipo. Oliveira e Amaral (2009, apud MOREIRA, 2014) destacam, “a importância da passagem pelo Édi­po e sua condição estruturante nos remete a pensar a constituição do sujeito a partir da incontestável presença do outro”.
Já que, é na passagem do complexo de Édipo que se constrói o sujeito e suas subjetividades, pode-se afirmar que é neste momento que haverá a formação da sexualidade do indivíduo, onde se situa como algo decisivo. Além disso, é importante ressaltar que nenhum ser humano escapa do complexo de Édipo, a forma como este percorre o processo é que irá marcar suas experiências posteriores, na vida adulta. Oliveira e Amaral (2009) deixa bem claro, “a dissolução do Complexo de Édipo desempenha papel fundamental na estru­turação da personalidade e na orientação do desejo humano”.
Freud enfatizou a questão da diferença entre “sexo” e “sexualidade”, justamente por considerar que a sexualidade humana estar para além de uma dimensão puramente biológica, mas que representa algo natural, busca de prazer e gratificação. Se tratando de sexualidade infantil não é diferente, a criança frequentemente em diversas situações vai estar em busca de satisfação de suas ansiedades, dúvidas, desejos e necessidades. A sexualidade é um fator meramente importante, e a grande responsável de tornar o ser humano um sujeito em constante movimento.
Para concluir, é indispensável falar que a castração denominada por Freud, é um fator que contribui bastante para o desenvolvimento sexual e afetivo da criança, pois a partir dela haverá o reconhecimento de que não é o centro das atenções da mãe e/ou cuidador, logo, as possibilidades de reconhecimento do outro surgirão, e começarão aparecer comportamentos e expressões sociais próprias.

REFERÊNCIAS

MARCHIOLLI, Priscila Toscano de Oliveira. Análise do conceito Complexo de Édipo em Melanie Klein e D. W. Winnicott. Campinas, 2010. 131 p. Dissertação (mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC, Centro de Ciência da Vida, Pós Graduação em Psicologia, 2010.

OLIVEIRA, Thaís Utsch Vieira; AMARAL, Thaísa Vilela Fonseca. O Complexo de Édipo: Uma comparação entre Melanie Klein e Sigmund Freud. Mosaico estudos em Psicologia, Belo Horizonte, v. 3, n. 1, p. 1-8, 2009.



Análise Psicológica do Filme Como Estrelas na Terra, Toda Criança é Especial e as interferências das Representações Sociais na Aprendizagem

O Filme Como Estrela na Terra assistido em sala, foi originado na Índia e conta a história de um garoto chamado Ishaan Awashi que sofre de dislexia, na qual trata-se de uma dificuldade de leitura e escrita, e a partir deste fazer uma análise teórica das representações sociais na educação do indivíduo.
Primeiramente é importante deixar claro que a dislexia não se trata de uma doença e sim, de uma má formação do encéfalo que traz dificuldade na aprendizagem, principalmente relacionados à decodificação de códigos. Contudo, o personagem do filme frequentava uma escola normal, porém repete uma vez a terceira série e não mostra nenhuma evolução nos rendimentos. O menino com 9 anos não consegue acompanhar a turma no desempenho acadêmico e começa a cair numa melancolia.
O pai de Ishaan, assim como a mãe e todos que convivem com ele, não percebem que ele apresenta um distúrbio de aprendizagem, que o fato do garoto não conseguir progredir nos estudos seja algo sério, então a criança sofre bastante com esse despreparo da família, dos docentes e colegas de classe, principalmente da forma como o pai o tratava, pois não entendia do que ele estava passando realmente e acabava agredindo a criança verbalmente, fazendo com que se torna-se uma criança sem vínculo afetivo com uma das figuras principais que é o pai, sofrida, triste e com dificuldades que a família não dava suporte no momento mais preciso.
Diante de tudo isso, o pai é chamado pela diretora da escola para uma conversa a respeito de Ishaan, e revoltado com tantas reclamações do garoto decide colocar seu filho numa escola integrada, ou melhor, um internato. Essa atitude do pai só trouxe problemas maiores, primeiro porque o menino sofre muito com isso, afinal, é uma criança, não está preparada para viver uma separação dos pais principalmente quando se trata de ir para um lugar onde a metodologia é rígida e ele não tem uma pessoa na qual se sinta realmente segura.
O menino sofre demais, justamente por não conseguir entender o comportamento de seu pai, e cria a ideia de que foi excluído da família, por isso faz aquele desenho na lateral do livro de uma criança gradativamente desaparecendo e se desvinculando da família que demonstra nitidamente o sentimento de exclusão, ele entende tudo isso como um castigo por não conseguir aprender.
Todos esses fatores desmotivam Ishaan tornando-o uma criança triste, e sem vontade de aprender, até mesmo de ser feliz como outras crianças, a única coisa que ele sentia vontade era de retornar à sua casa, pois sentia falta da mãe, que tem um papel de atribuidora de afeto. Além disso, o internato não colaborava para extinção desses sentimentos, por manter um modelo disciplinar rígido.
A situação se modificou quando o professor Ram Shankar entrou como substituto. Ram Shankar chegou na escola com uma metodologia totalmente distinta de trabalhar o aprendizado dos alunos, o que fez toda diferença. No primeiro dia de aula apresentou uma forma divertida de obter a atenção dos alunos aos ensinos que estavam sendo oferecidos naquele momento, de forma dinâmica e estratégica, diferentemente das apresentadas pelos professores anteriores que eram mais tradicionais e rígidos.
O professor Ram Shankar logo percebe que na turma há um aluno com dificuldades especiais, pelas experiências que o professor havia na educação fez com que facilitasse o processo de identificação da dificuldade que a criança sentia, chegando à conclusão que tratava-se de dislexia e se dispôs a ajuda-lo, desenvolvendo formas de ensinar Ishaan a ler e escrever. Sua primeira atitude após identificar o problema foi ir até a casa de Ishaan e conversar com os pais.
Podemos dizer que com a chegada do novo professor a vida de Ishaan tomou novo rumo, pois ele soube trabalhar especificamente com o menino e este passou a se sentir mais motivado para os desempenhos escolares mostrando rápidos resultados. Percebemos a imprescindível importância do professor para os alunos, que é representado como alguém que possui capacidade para trabalhar técnicas e métodos de aprendizado específicos fazendo com que todos os alunos sejam inseridos no processo de aprendizagem e se sintam capacitados para desenvolver as atividades, mesmo que em algumas áreas uns desenvolvem mais e outros menos, mas aceitando cada um na sua singularidade. Esta inserção dos alunos também possibilita saber conviver com as diferenças.
De acordo com Moscovici (1978, apud LEMOS, 2013, p. 50) afirma que as representações sociais ocupam uma posição “mista”, na encruzilhada de uma série de conceitos sociológicos e de uma série de conceitos psicológicos, circulando, cruzando-se e se cristalizando através de uma fala, um gesto, um encontro em nosso universo cotidiano». Elas estão assim presentes na maioria das relações sociais, nos objetos produzidos ou consumidos, nas comunicações trocadas.
De acordo com Sá (1998, apud LEMOS, 2013, p. 52), os fenômenos de representação social estão na cultura, nas instituições, nas práticas sociais, nas comunicações interpessoais e de massa e nos pensamentos individuais.
Para ser considerado representação social, um fenômeno precisa de provocar, ameaçar os grupos em seu cotidiano, tornando-se então objeto de interesse daquele público no momento em que provoca tensões e exige posicionamentos e/ou promoção de ações. O processo educativo pode gerar inquietações e em determinado momento tensões entre o saber consensual do grupo e o saber reificado da escola, instigando questionamentos. O ensino é tecido no diálogo entre indivíduos (seres físicos, sociais e psicológicos) e os conhecimentos historicamente construídos e formatados de acordo com crenças e interesses dos diferentes grupos e classes da sociedade (LEMOS, 2013, p. 55).
Sendo assim, a ideia de representação social na educação refere-se aos aspectos sociais, do senso comum e científicos que interferem na constituição do sujeito como um ser que interage com a escola numa associação dialética, onde leva contribuições de si para representação escolar e a escola assim também contribui para sua formação.
O filme nos traz a possibilidade de refletir sobre a importância dos professores no contexto educacional para o sujeito, pois são responsáveis em investir seus conhecimentos para proporcionar o desenvolvimento dos alunos em sua formação como pessoa, profissional e cidadãos.  Portanto, os educadores precisam ter domínio sobre suas práticas e responsabilidades sociais, sabendo que a sociedade é formada por diferenças que assim como a dislexia, é uma dificuldade que muitas crianças possuem e nem sempre recebem a atenção necessária por parte da escola.
Por isso, os professores e educadores devem estar teórica e metodologicamente preparados para enfrentar esta realidade e saber lidar com os problemas na escola, afim de aumentar as possibilidades de intervenções e formas de se trabalhar essas e outras deficiências. A equipe educacional precisa estar apta e ser capaz de facilitar o processo de inclusão dentro das instituições.
É imprescindível a atenção do professor no processo de aprendizagem do educando, pois possibilita ao mesmo se sentir valorizado e motivado a aprender, além disso a participação dos pais na vida escolar é de suma importância, por favorecer o crescimento da criança, do educador e da família, consequentemente, com esta equipe em harmonia se estende as possibilidades de melhorias e respostas positivas no processo educacional.
Para concluir, o filme nos traz a oportunidade de refletir a respeito das maneiras de trabalhar as diferenças na educação, e serve como exemplo para todo e qualquer profissional que atue ou deseje seguir nesta jornada. 
REFERÊNCIAS

KHAN, Aamir. 2007. Como Estrelas na Terra – Toda criança é especial. Índia: Estúdio/Distrib: Aamir Khan Productions.

PINHEIRO, Mislene dos Santos. Resenha do filme "Como Estrelas na Terra, toda criança é especial". In: Portal Educação, 2013. Disponível em http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/47245/resenha-do-filme-como-estrelas-na-terra-toda-crianca-e-especial#ixzz3DvPaRb00. Acesso: 30/ set. 2014.

LEMOS, Suely F. C., COSTA, Solange G., LIMA, Rita C. P. Representações sociais: Aplicabilidade nos estudos sobre a educação de jovens e adultos. Educação, Sociedade e Culturas, Rio de Janeiro, n. 39, p. 43-61, 2013.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem na escola e a questão das representações sociais. In: Luckesi. Disponível em http://www.luckesi.com.br/textos/art_avaliacao/art_avaliacao_eccos_1.pdf. Acesso: 30/ set. 2014.

SANTOS, Laércio Silva dos. Representações Sociais na Escola. In: Webartigos, Goiás: 2013. Disponível em http://www.webartigos.com/artigos/representacoes-sociais-na-scola/123238/#ixzz3ErilsPYn. Acesso: 30/ set. 2014.